quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Procuradores do Caso Rodin vão embora de Santa Maria, é a debandada acelerada na iminência da saída da sentença


Os três procuradores da República que atuam em Santa Maria estão de partida. Eles pediram remoção da cidade por meio de uma espécie de concurso interno dentro do Ministério Público Federal, que promove a realocação de um procurador no País. Todos os três atuaram no Caso Rodin, que investigou suposta fraude no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Jerusa Vieceli, Rafael Miron e Harold Hoppe afirmam que remoções são normais na atividade e têm caráter pessoal. No final no ano passado, as mudanças foram homologadas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Promotores e procuradores, conforme a Constituição, são inamovíveis, não podem ser removidos da comarca onde atuam, a não ser a pedido ou por promoção. Portanto, os três promoveram uma debandada em grupo, em face da iminência da sentença no processo criminal da Operação Rodin, que eles conduziram. A juíza Simone Barbisan Fortes também pediu remoção para Florianópolis, mas o Tribunal Regional Federal da 4ª Região só atendeu o pedido a partir do momento em que ela conclua o processo. Por isso, "espraiou-se" a impressão de que ela já está com a sentença pronta, uma vez que vem acelerando a jato a tramitação do processo, negando todas as dezenas de pedidos de diligências dos réus e os embargos impetrados por suas defesas. Tudo indica que ela também quer sair da cidade na mesma velocidade. Aliás, não é de hoje, porque esta estaria pedindo sua remoção ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região há vários anos. Em 2007, a partir de uma denúncia anônima, mas que no processo foi descoberto ter sido feita por professores da Universidade de Santa Maria, os procuradores Hoppe e Miron deram início às investigações, junto com a Polícia Federal, que culminaram na denúncia do contrato existente entre o Detran e as fundações de apoio da universidade, Fatec e Fundae, e de seus dirigentes, bem como de profissionais e empresas contratadas por estas fundações. Santa Catarina também será o destino do procurador Rafael Miron. O santa-mariense atuará na cidade portuária de Itajaí. Nascida em Ijuí, a procuradora Jerusa Viecili vai para Lajeado, no Vale do Taquari. Também santa-mariense, Harold Hoppe foi designando para a cidade de Canoas, na Região Metropolitana. Atualmente, apenas Jerusa Vieceli continua integrando a força-tarefa do Ministério Público Federal no Caso Rodin. No lugar dos procuradores que estão saindo, Santa Maria vai receber Ivan Claudio Marx, que está vindo de Cachoeira do Sul e também integra a força-tarefa da Rodin: a procuradora Paula Martins Schirmer, de Bagé, e a procuradora Lara Marina Zanella Martinez, de Cruz Alta.

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