segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Preço alto do gás natural é obstáculo para uso das térmicas por maior tempo, diz Empresa de Pesquisa Energética


O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse nesta segunda-feira que o alto preço pago atualmente pelo gás natural encarece o custo da energia elétrica e é um impedimento para que as usinas térmicas possam operar por mais tempo na base do Sistema Interligado Nacional. Apesar dessa realidade, Tolmasquim disse que o Plano Decenal de Energia 2013-2022 (PDE), que será anunciado pela EPE com as revisões do planejamento energético do país no longo prazo, terá mais usinas térmicas: “No nosso planejamento, que contempla o plano para até 2020, está previsto um pouco mais de usinas térmicas operando na base, o que significa que teremos mais térmicas a gás em operação”. Na avaliação do presidente da EPE, é preciso encontrar uma formula que permita a entrada das térmicas com maior intensidade sem que isto onere ainda mais as tarifas de energia, devido ao alto preço pago pelo gás natural. Para Tolmasquim, o país precisa ampliar e tornar ainda mais flexível os parques de geração de energia, de modo a dar mais segurança ao Sistema Interligado Nacional. e fazer frente ao crescimento da economia e a consequente elevação da demanda por energia elétrica. “O alto preço do custo da energia impede que as usinas térmicas operem de forma mais direta na base e, por isto, é interessante que tenhamos usinas com custo variável baixo, porque elas vão operar mais: Temos que descobrir o gás não convencional e mais barato, como o xisto, porque a expansão da oferta térmica hoje  tem que ser feita com o importado e o GNL está muito caro”.

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