quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Oposição vira "os do contra" na democracia da Dilma


Em um pronunciamento no qual qualificou críticos como "pessimistas", a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo fará uma redução maior que a prometida nas tarifas de energia. Dilma afirmou em rede nacional que residências terão redução de 18%, ante os 16,2% inicialmente prometidos. Já o desconto para indústria, comércio, serviços e agricultura poderá chegar a 32%; o teto anterior era 28%. A redução, que era prevista para 5 de fevereiro, passou a valer a partir desta quinta-feira, segundo Dilma. A decisão pegou de surpresa até mesmo integrantes do governo envolvidos com o tema. Para interlocutores da presidente, a bondade adicional é uma forma de "calar avaliações pessimistas" de que ela não cumpriria a redução anunciada. A redução maior vem de "ajuste técnico" nos cálculos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): em 2012, a agência fez uma conta conservadora e, ao detalhar os números, chegou ao índice maior. Negociadores do Executivo dizem que não haverá impacto extra para o Tesouro. "Aproveito para esclarecer que o cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão ainda assim a conta de luz reduzida, como todos os brasileiros. Espero que em breve até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que estou dizendo". A presidente afirmou que o País avança "sem retrocessos" e que "(...) nesse novo Brasil aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás". Mas que tal, hein? E a gente que pensava que ela representava todos os brasileiros, que governava para todos, descobrimos que ela governa só para os petistas.

Nenhum comentário: