quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ONS participa de vistorias no setor elétrico


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia, participa de um grupo governamental envolvido na realização de vistorias em empresas do setor elétrico. De acordo com o órgão, que é responsável pela coordenação e controle da operação da geração e transmissão de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), os resultados desse trabalho deverão ser apresentados em fevereiro. O objetivo é avaliar a qualidade dos sistemas do segmento no país. Também é verificada a eficiência dos trabalhos de manutenção dos equipamentos. Além do Ministério e do ONS, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) participa das vistorias. A determinação de realizar as vistorias partiu da Presidência da República, em dezembro passado, depois que começaram a ocorrer apagões em estados de todas as regiões brasileiras. O cronograma de atuação da equipe do governo federal incumbida das vistorias prevê a visita, em uma primeira fase, a pelo menos 40 subestações de empresas transmissoras de energia elétrica. As geradoras também deverão ser vistoriadas posteriormente. As subestações na rota do governo são aquelas consideradas mais importantes para que o sistema elétrico mantenha-se estável. Também serão visitadas as subestações com mais tempo de uso para verificação das condições da aparelhagem e seus processos de manutenção. O ONS afirmou também que prevê crescimento de 3,8% na carga de energia elétrica em janeiro de 2013 sobre o mesmo período de 2012, para 61,782 mil megawatts (MW) médios. Essa projeção consta no relatório executivo do Programa Mensal de Operação (PMO) relativo ao período de 29 de dezembro de 2012 a 4 de janeiro de 2013. A carga é soma do consumo de eletricidade e das perdas do sistema no País. Segundo o ONS, a expectativa é que a carga do subsistema Sudeste/Centro-Oeste aumente 4,6% no período de comparação, para 37,825 mil MW médios. A sinalização de ocorrência de temperaturas elevadas e o desempenho do segmento industrial, que deve ser similar ao do ano anterior, explicam a previsão de alta. No Norte, a carga deve subir ligeiramente em 0,6%, para 4,11 mil MW médios. No Nordeste, o crescimento projetado é de 3,7%, para 9,269 mil MW médios, refletindo a continuidade do "bom desempenho que vem sendo observado na atividade econômica da região, voltada para o mercado interno". A expansão do consumo de energia das classes comercial e residencial também foi apontada pelo operador como um dos motivos para essa previsão. Para o Sul, a previsão é de um crescimento da carga de 2,5%, para 10,578 mil MW médios, por causa das altas temperaturas e do elevado consumo de energia para irrigação. O ONS destacou que o desempenho da atividade econômica e o aumento das perdas da rede, em função da previsão da maior transferência de energia para a região, também têm contribuído para o aumento da carga na região.

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