domingo, 20 de janeiro de 2013

Lupi nega ter recebido sem participar de reuniões de conselho do BNDES


Integrante do conselho de administração do BNDES, o ex-ministro Carlos Lupi (PDT) contesta a informação de que recebeu R$ 54 mil sem participar das reuniões do colegiado no ano passado. O pedetista foi demitido pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2011 após acusações de irregularidades em convênios da pasta com ONGs. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Lupi permaneceu no conselho do banco mesmo tendo deixado o ministério. A reportagem diz que ele recebeu valores até setembro sem ter participado de nenhuma das sessões do conselho em 2012. Os pagamentos (R$ 6 mil por cada mês), são trimestrais, o que, segundo a Folha, garantiu ao ministro R$ 54 mil. Lupi diz que compareceu "a uma ou duas reuniões", e que o jeton (remuneração por sessão) somente é pago a quem assina a ata de presença, o que o impossibilitaria de ter recebido valores sem participar dos encontros: "No conselho do BNDES, não existe salário mensal. Existe jeton por reunião. Todas as reuniões têm ata. Ninguém recebe sem participar delas. Quem não estiver na reunião, não recebe. São atas públicas, são gravadas, têm livros de ata, têm assinatura... Então, até o primeiro semestre de 2012, fui às reuniões que o BNDES convocou. Votei no que tinha de ser votado, inclusive no orçamento do ano. Depois, não fui convocado mais e não fui mais", explicou. Lupi afirmou que ingressou no conselho em 2007, indicado pelo então presidente Lula. O Ministério do Trabalho tem assento no conselho do BNDES porque o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado à pasta, é um dos financiadores do banco. O pedetista afirma que, após a demissão, procurou o presidente da instituição para saber como ficaria a sua situação. "Perguntei na época (2011) ao Luciano Coutinho o que eu faria. Ele disse: o senhor não pode fazer nada, porque a sua indicação é da Presidência da República. O conselho é deliberativo, o ano está terminando e você tem responsabilidade sobre todas as aprovações. Então, quando for efetivado o processo, eu te aviso. Tivemos uma reunião de final daquele ano, ainda em dezembro, depois eles me colocaram para mais duas reuniões no primeiro semestre de 2012. Segundo Lupi, a sua saída do conselho depende de um ato da presidente Dilma Rousseff.

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