sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Justiça paranaense determina prisão preventiva para vereadora petista que forjou seu próprio sequestro


A Justiça do Paraná decretou nesta sexta-feira a prisão preventiva da vereadora de Ponta Grossa, no interior do Paraná, Ana Maria de Hollebem (PT), conhecida como Professora Ana, acusada de forjar o próprio sequestro. Se não consiguir reverter a decisão, ela permanecerá detida até o fim do julgamento. Como agente político, a vereadora tem foro privilegiado e por isso deve ficar presa em uma cela especial ou em um quartel. Em respeito ao Código Penal, ela foi transferida para o quartel do Corpo de Bombeiros da cidade. A parlamentar está presa desde quarta-feira e o advogado que a representa, Pablo Milanese, chegou a protocolar um pedido de liberdade provisória que foi negado. Agora, ele deve recorrer da decisão que a manteve presa. “Nós ainda não temos conhecimento do teor, mas vamos ter contato com a decisão e ver como agir”, afirmou Milanese. Ana Maria, que foi eleita para o terceiro mandato nas eleições de outubro de 2012, sumiu por volta das 18 horas depois de sair do Cine Teatro Ópera, onde foi realizada a cerimônia de posse dos vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos. Do teatro, ela deveria ter ido para a Câmara Municipal para participar da eleição da Mesa Diretora, mas não apareceu. A ausência da vereadora acabou suspendendo a votação. Alguns parlamentares se negaram a dar início à eleição, sem a presença da colega. Na tarde de quarta-feira, a vereadora apareceu na Santa Casa de Misericórdia, dizendo-se atordoada. Ela recebeu atendimento médico e foi transferida para o Hospital Regional da cidade de onde saiu direto para a 13ª Subdivisão Policial. De acordo com a polícia, a vereadora forjou o próprio sequestro para não participar da votação da Mesa Executiva. O motivo exato ainda é desconhecido, já que ela recorreu ao direito de se manifestar apenas em juízo. Além de Ana Maria, outras quatro pessoas são suspeitas de envolvimento na fraude. O inquérito policial apontou que elas devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual e falsa comunicação de crime. O primeiro ato dos novos
vereadores deveria ser a instalação de comissão especial para cassação do mandato da petista, por falta de decoro parlamentar.

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