quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Índios decidem combater extração ilegal de madeira no Maranhão e pedem presença da Polícia Federal


Índios Pukobjê-Gavião da Terra Indígena Governador, em Amarante (MA),  apreenderam, na semana passada, quatro caminhões e um trator que transportavam cerca de 20 metros cúbicos de ipê e de sapucaia derrubados por madeireiros que atuavam irregularmente no interior da terra indígena, localizada a cerca de 110 quilômetros de Imperatriz. Com medo de represálias dos madeireiros, os índios pedem a presença da Polícia Federal na reserva indígena. A apreensão provocou revolta de moradores da cidade e continua gerando medo entre os índios, que, mesmo assim, prometem agir para impedir que os madeireiros continuem agindo impunemente no interior da terra indígena. "Estava demais. Eles estavam se aproximando cada vez mais das nossas aldeias, nos desrespeitando e levando nossas árvores", disse Ubirajara Guará, cacique da Aldeia Nova, uma das três existentes no interior da reserva. Os Pukobjê-Gavião temem que, sem a presença da Polícia Federal na área, os madeireiros prejudicados pela iniciativa indígena cumpram os boatos que tem corrido na cidade. Ubirajara afirma que ao menos um índio foi agredido durante os tumultos ocorridos em Amarante na semana passada e que, esta semana, desconhecidos sabotaram o fornecimento de energia elétrica para a Aldeia Nova e espalharam tábuas com pregos na estrada próxima à entrada da Aldeia Governador. Além disso, alguns comerciantes deixaram de atender aos índios. Inicialmente, nem os próprios policiais federais e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) escaparam de ser alvo dos protestos de pessoas contrárias à iniciativa indígena.

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