domingo, 13 de janeiro de 2013

Especialistas descartam saída em massa de cubanos com reforma migratória

A reforma que entra em vigor nesta segunda-feira em Cuba, flexibilizando viagens ao Exterior, não garante que haverá migração em massa de cubanos para Miami, mas deverá ser uma transferência clara de pressão para os Estados Unidos, segundo analistas e exilados. 'Em Miami logo vai se notar. Isso podermos estar certos', disse Jaime Suchlicki, responsável do Projeto sobre Transição em Cuba do Instituto para Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami. A reforma migratória cubana permitirá aos cubanos viajar ao Exterior sem necessidade da restritiva permissão de saída, que esteve vigente durante décadas. Além disso, flexibiliza movimentos de residentes e emigrados, embora sejam mantidas algumas limitações. De acordo com a nova norma, só será exigida a apresentação do passaporte corrente atualizado e o visto do país de destino para sair de Cuba. Na opinião de Suchlicki, "está claro que os cubanos vão fazer filas nas diversas embaixadas do país e vão descobrir que não darão muitos vistos aos cubanos". "A Espanha dará 100 ou 200 vistos por ano, o México 50. Quantidades todas muito pequenas, portanto a possibilidade de que vejamos grandes quantidades de cubanos saindo do país não é realista", defendeu o analista. Os Estados Unidos têm um acordo com o Governo de Cuba para conceder 20 mil vistos permanentes por ano, mas "dá muito poucos vistos de turista, e, inicialmente, não vai começar a fazer isso, para que venham todos a Miami", afirmou Suchlicki. O analista aponta que poderão sair os que "tem família em Miami e que podem mandar dólares para comprar um passaporte e uma passagem".

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