quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Custo médio das passagens aéreas cai pela metade em dez anos, diz Anac


Nunca foi tão barato viajar de avião. Considerado em passado recente um luxo para poucos, as viagens aéreas se popularizaram e atualmente os brasileiros estão pagando pouco menos da metade do valor que pagavam há dez anos para cruzar o Brasil mais rápido. Segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no terceiro trimestre de 2012, o valor médio da passagem doméstica foi R$ 267,31. No mesmo período de  2002, era cobrado R$ 542,64. A redução em dez anos alcançou 50,74%. Se a comparação for feita entre 2012 e 2011, no período de janeiro a setembro, a tarifa aérea média doméstica foi R$ 273,32, valor 0,15% menor. Ainda segundo a Anac, 68,89% dos assentos comercializados de janeiro a setembro do ano passado foram vendidos com valores inferiores a R$ 300,00. Tarifas inferiores a R$ 100,00 representaram 15,63% em igual período. Passagens com valor superior a R$ 1.500,00 representaram 0,23% dos bilhetes vendidos. Os valores mais atrativos são atribuídos à liberdade tarifária e à oferta das empresas.  “As empresas têm buscado cada vez mais diversificar suas tarifas e assim capturar o perfil e a preferência dos passageiros, o que tem contribuído para promover a inclusão social do transporte aéreo”, segundo a superintendente de regulação econômica e acompanhamento de mercado da Anac, Danielle Crema. De acordo com ela, em 2002, apenas 30,45% das passagens aéreas eram comercializadas com tarifas inferiores a R$ 300,00. Na atualidade, esse valor abarca cerca de 70% das passagens comercializadas”, explica.  A procura pelo transporte aéreo aumentou tanto que nem o fato de as empresas terem duplicado, nos últimos dez anos, a oferta de assentos, conseguiu alcançar a demanda de passageiros transportados, que quase triplicou, com média de crescimento de 12,8 %  ao ano.
A Anac não quis comentar se a recente concentração do mercado das companhias aéreas, com a compra e depois extinção da Webjet pela Gol, em novembro passado, pode reduzir a concorrência entre as empresas e, consequentemente, levar ao encarecimento das passagens, prejudicando os consumidores.

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