sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Conheça os ganhos e perdas com a redução média de 25% nas contas de luz


A redução das tarifas de energia elétrica produzirá resultados benéficos para a economia brasileira e para os consumidores. Foi um ganho político de proporções oceânicas para o governo do PT e para a presidente Dilma Rousseff. A percepção sobre este ganho pode ser avaliada pelo pronunciamento que ela fez na quarta-feira. Na TV, a presidente teria ganho muito mais, caso não tivesse resvalado para o populismo desbragado, a demagogia barata e as provocações desarrazoadas contra seus adversários, transformando sua fala num pronunciamento eleitoreiro de baixíssima qualidade. Seja como for, ganhou a economia (redução de custos e aumento da competitividade) e ganharam os consumidores (economia dos gastos domésticos). No Rio Grande do Sul, as três principais distribuidoras oferecerão os seguintes descontos nas suas contas de luz e energia:
AEs Sul, 23,62%
CEEE, 18,13%
RGE, 22%
A oposição e os críticos do governo colocam restrições pertinentes a esta esperta “equação matemática” montada pelo governo: 1) As concessionárias forçadas a antecipar seus contratos de concessão, terão graves problemas financeiros para operar e investir (só em janeiro, estima-se que as distribuidoras perderão R$ 500 milhões; 2) o subsídio do Tesouro aos preços das tarifas (R$ 8,4 bilhões por ano) inflarão o déficit e terão efeito inflacionário (o governo alega que antecipará dinheiro que Itaipu deve-lhe de empréstimos passados, no valor de R$R 15 bilhões, o que resguardaria o dinheiro do Tesouro, mas a usina não tem esse dinheiro, o que leva a crer que o valor sairá do próprio Tesouro); 3) o reajuste anual das tarifas de energia, previsto para este trimestre, anulará em boa parte a melhoria nas contas de luz. O PT e os seus governos parecem acumular um estoque de jogadas espertas para iludir o eleitorado. Resta saber até quando conseguirão fazer isto.

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