quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Comandante da Brigada Militar deveria ter pedido demissão, após ser criticado pelo peremptório Tarso Genro


O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, considera que as declarações feitas ao longo do domingo, horas após a tragédia em Santa Maria, que deixou 235 mortos até agora no trágico incêndio da boate Kiss, podem ter sido interpretadas de outra forma pela opinião pública. Por tentar eximir a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros de responsabilidades na liberação do alvará de funcionamento da boate Kiss, Abreu foi alvo de duras
críticas do peremptório governador petista Tarso Genro na tarde de terça-feira. Esse coronel, como quase todos os seus colegas, fica até o último dia para completar o tempo na ativa e poder ir para a aposentadoria. "No momento da comoção, certamente uma ou outra declaração parece soar para a
comunidade como se fosse uma coisa absurda", disse o comandante em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira. Na verdade ele está desmoralizado, só fica no cargo porque precisa incorporar ao seu salário os últimos dias de comando. Abreu salientou a amplitude da tragédia, "algo que nunca tinha visto em 35 anos" de corporação. No entanto, elogiou a rapidez dos bombeiros no atendimento às vítimas, a mobilização e o acolhimento às famílias. Na verdade, mais uma vez, ele não tem nada a exaltar, porque a guarnição de bombeiros que comparece ao local quase não tinha o que fazer, devido à falta de tudo. Vencido desde agosto de 2012, o alvará de funcionamento da boate deveria ser renovado após nova inspeção do Corpo de Bombeiros, que não foi feita, segundo ele, por "questões administrativas".

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