quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Atraso em mudança nos pedágios faz nova estatal petista gaúcha EGR perder R$ 1,8 milhão


Com problemas de estrutura física e mergulhada em entraves burocráticos, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) não irá assumir nesta sexta-feira, como previsto no calendário elaborado pela própria estatal, o comando dos antigos pedágios comunitários de Portão, Coxilha e Campo Bom. O atraso causará perdas de arrecadação a nova empresa de cerca de R$ 1,79 milhão, dinheiro que deveria ser investido na manutenção das estradas. A EGR, agora, pretende se apropriar das operações das três praças apenas em 15 de fevereiro. Criados no governo de Alceu Collares, os pedágios comunitários hoje são administrados pelo Daer. Os valores arrecadados (em 2012 foram R$ 43,8 milhões) eram enviados para o caixa único do Estado. A partir da criação da EGR, ficou definido que ela assumiria o controle dessas estradas. A lei ainda previu que o dinheiro das tarifas passaria a entrar na conta da nova estatal, e não no caixa único (grande bobagem, porque o dinheiro de todas as estatais vai para o caixa único). A gestão destas rodovias sempre foi encarada como uma prévia para o desafio principal da EGR, que será comandar, a partir de 16 de abril, cerca de 600 quilômetros de estradas estaduais que atualmente estão sob administração das concessionárias privadas. No entanto, emaranhada em procedimentos da máquina estatal e problemas de infraestrutura, a EGR sofrerá um atraso mínimo de 15 dias. Com base na arrecadação das três praças comunitárias em 2012, é possível estimar perda de receita de R$ 1,79 milhão. A consultoria Dynatest-SD, contratada pelo governo estadual, havia contado com esse recurso para fechar a previsão de arrecadação de R$ 120 milhões da EGR em 2013, somando todas as suas operações. O montante deverá ser insuficiente para garantir obras de duplicação, assegurando, apenas, serviços de manutenção de rodovias e contratação de prestadores de serviços.

Nenhum comentário: