segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Vulcabras Azaléia, maior calçadista do País, do grupo Grendene, fecha 12 fábricas na Bahia


A Vulcabras Azaleia, maior fabricante de calçados do País, do grupo Grendene, anunciou o fechamento de mais 12 fábricas na Bahia , onde trabalhavam 4.000 pessoas. A decisão causou mal-estar entre os governos estadual e federal, ambos do PT. Em 2011, a empresa de Pedro Grendene já havia demitido 8.900 funcionários em todo o País após registrar o primeiro prejuízo em 15 anos. Na ocasião, a Bahia perdeu 6 das 18 fábricas no Estado da dona das marcas Azaleia, Olympikus e Reebok. A justificativa agora foi a mesma: a concorrência desproporcional dos produtos asiáticos. A medida vai afetar entre 40% e 50% de todos os empregos gerados nos seis municípios afetados (Caatiba, Firmino Alves, Itambé, Itapetinga, Itororó e Macarani), provocando um "colapso na economia da região", segundo o sindicato do setor. O secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia , James Correa, disse que "o maior responsável" pela crise no setor é o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. "Eu lamento ter que falar isso, já que faço parte da base, mas é a verdade, que não posso esconder, eu credito todas essas demissões ao governo federal", afirmou. Segundo Correa, o ministério privilegia o setor automotivo e "falta a mesma sensibilidade" para criar barreiras aos calçados estrangeiros. Ele afirma que o governo federal ignorou os pedidos pela criação de uma lei antidumping que não fosse restrita apenas à China. "De uma hora para a outra, os chineses começaram a mandar os tênis via Vietnã, Indonésia, Malásia. Você percebia que era uma coisa fajuta. Pedimos que a lei fosse estendida para todos os países da Ásia, para impedir essa chamada triangulação", diz ele. Em nota, a Vulcabras afirmou que vem enfrentando "sucessivos e elevados prejuízos financeiros em decorrência do aumento da competição, causado pela excessiva entrada de produtos importados a preços muito baixos".

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