segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Valdemar Costa Neto desdenha da decisão do STF sobre perda de mandato


O deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado a sete anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por participação no escândalo do Mensalão do PT, disse na tarde desta segunda-feira, logo após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que em respeito ao dispositivo constitucional que prevê a autonomia entre os poderes que jamais vai comentar decisões produzidas por outro poder, sobretudo o Poder Judiciário. De acordo com a assessoria do deputado, Valdemar Costa Neto não pretende se licenciar do mandato, já que, conforme declarações do próprio Joaquim Barbosa, a perda de mandato só acontecerá depois de o processo transitado em julgado. Ou seja, depois do exame de todos os recursos. Costa Neto era presidente do PL (atual PR) e líder da bancada do partido na Câmara do Deputados à época do escândalo. De acordo com os autos, o deputado recebeu R$ 8,8 milhões para votar a favor dos interesse do PT. Além disso, os ministros do Supremo concordaram com a denúncia da Procuradoria-Geral da República de que Costa Neto e seu partido, o PL, receberam R$ 10,8 milhões das empresas do operador do Mensalão do PT, Marcos Valério. O deputado foi absolvido do crime de formação de quadrilha e vai cumprir a pena em regime semiaberto, já que pegou menos de oito anos de prisão.

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