quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Treze pessoas são presas na Região Central gaúcha suspeitas de falsificar carteiras de habilitação


Uma operação da Polícia Civil deflagrada na manhã desta quarta-feira desarticulou uma quadrilha que vendia carteiras de habilitação falsas em todo o Rio Grande do Sul. Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 12 pessoas foram presas preventivamente, entre elas duas mulheres. Um dos procurados já estava preso e outro ainda não foi encontrado. Também foram cumpridos 32 madados de busca e apreensão de equipamentos que seriam utilizados para adulteração dos documentos. O grupo criminoso tinha como base municípios da Região Central. A Operação Teia investigava desde maio os suspeitos de agirem em Agudo, Restinga Seca, Santa Maria e Porto Alegre. Os 73 agentes da Polícia Civil coordenados pelo delegado de Agudo, Eduardo Machado, realizaram a ação em Agudo, Restinga Seca, Paraíso do Sul, Novos Cabrais, Santa Maria, Maratá, Dona Francisca (Região Central), Candelária (Vale do Rio Pardo) e Porto Alegre. De acordo com a polícia, cerca de 8 mil ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial foram utilizadas para identificar os integrantes do grupo. A polícia também conseguiu identificar entre 20 e 25 clientes que compraram a documentação falsificada. O delegado tem 10 dias para concluir a investigação e encaminhar à Justiça. Os presos devem ser indiciados por adulteração de documento público e formação de quadrilha. O Ministério Público deverá decidir, também, se denunciará os clientes da quadrilha por uso de documento público falso. A investigação iniciou em maio de 2012 e em setembro, um dos suspeitos acabou preso. A investigação começou a partir de uma denúncia de compra de CNH falsa em Agudo. A partir daí, a Polícia Civil de Agudo começou a agir para desmembrar a organização. Conforme apurou a polícia, o valor das habilitações variava entre R$ 600,00 e R$ 2,5 mil. Este tipo de facilidade, na falsificação de carteiras de motorista, já vinha sendo denunciado pelo professor José Fernandes, proprietário da empresa Pensant, e um dos réus da Operação Rodin, em entrevistas para Videversus. Nesta quinta-feira ele explicará com mais detalhes porque a situação chegou ao atual ponto de degradação dos serviços do Detran gaúcho.

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