quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sinagoga mais antiga de São Paulo vai virar museu

A sinagoga mais antiga de São Paulo, Kehilat Israel, será transformada em um museu. O templo, que fica no Bom Retiro (região central), está sendo reformado para abrigar o futuro Memorial da Imigração Judaica. A celebração do centenário do prédio, construído em 1912, aconteceu nesta quinta-feira, com a colocação da Pedra Fundamental, cerimônia judaica necessária para que a reforma possa ser concluída. O rabino chefe de Israel, Yona Metzger, esteve presente na cerimônia. O memorial deve ser inagurado até o fim de 2013. Vai reunir relíquias doadas por imigrantes e seus descendentes e contar a história da imigração judaica para o Brasil. O acervo já conta com cerca de 500 itens recolhidos através de uma campanha feita com a comunidade judaica. Entre os itens há raridades como amuletos judaicos e manuscritos da metade do século 19, oriundos da Argélia, e um livro espanhol sobre a inquisição de 1630, editado em Napoli, Itália. "Como os imigrantes deixaram tudo para trás, os pequenos objetos trazidos representam toda a sua história, suas lembranças, tem um peso muito grande", diz Vera Frank, membro do conselho curador do memorial. Segundo Vera, a estrutura do prédio está sendo adaptada para se tornar um museu sem comprometer as características originais. A cúpula da sinagoga, por exemplo, será mantida, e a fachada de pastilhas de vidro está sendo restaurada. O templo funcionou como local de oração até meados de 2011, quando começaram as reformas. O antigo espaço de oração será transformado em uma sala de projeção onde todos os movimentos imigratórios serão explicados, desde o fluxo da Europa ocidental no final do século 19 até a vinda egípcios na década de 1950, passando pelos fugitivos e sobreviventes da Segunda Guerra.

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