terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Preço de destino turístico nacional motiva brasileiro a viajar para o Exterior


O preço das diárias de hotéis e das passagens aéreas para destinos nacionais tem prejudicado o crescimento do turismo interno e a consolidação do Brasil como um destino para turistas estrangeiros. A avaliação é do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, após o anúncio do déficit recorde da conta turismo no mês passado, divulgado nesta terça-feira pelo Banco Central. “Temos que levar em conta que o turismo doméstico está muito caro. Conforme o próprio IBGE já registrou, as passagens aéreas e as diárias de hotéis estão ficando cada vez mais caras, o que é um problema para o crescimento do turismo interno e internacional”, afirmou Flávio Dino. Segundo o presidente da autarquia, vinculada ao Ministério do Turismo, e responsável por promover o potencial turístico do Brasil, muitos brasileiros optam por viajar para o Exterior após pesquisar e concluírem que, em muitos casos, sai mais barato do que visitar alguns dos destinos turísticos nacionais mais procurados. Por outro lado, muitos estrangeiros deixam de visitar o país devido aos preços. O que resulta não apenas na maior evasão de divisas, mas também empregos que deixam de ser criados. “O fato de mais brasileiros viajarem para o Exterior deriva de uma série de questões. Algumas são positivas, como a melhoria do poder aquisitivo. Outras são problemáticas, como o fato concreto de que, muitas vezes, viajar para o Exterior é mais barato que viajar pelo Brasil”, acrescentou. Segundo o Banco Central, entre janeiro e novembro deste ano, as despesas de brasileiros no Exterior chegaram a US$ 20,244 bilhões e os estrangeiros gastaram US$ 6,082 bilhões no Brasil no mesmo período. Com isso, o saldo negativo da conta de viagens (a diferença entre os gastos dos brasileiros no exterior e dos estrangeiros no Brasil)  ficou em US$ 14,162 bilhões, contra US$ 13,569 bilhões em igual período do ano passado. Somente em novembro, o déficit ficou em US$ 1,287 bilhão, o maior para o período, já que os brasileiros gastaram o total de US$ 1,81 bilhão, um recorde para o mês desde que passou a ser registrado, em 1947, enquanto os estrangeiros deixaram no Brasil US$ 532 milhões.

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