quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Oposição egípcia alerta para violência em referendo

Um líder oposicionista alertou nesta quinta-feira para o risco de mais derramamento de sangue nas ruas, quando os egípcios votarem no referendo sobre uma nova Constituição defendida pelo presidente islamista Mohamed Mursi, em meio a uma crescente crise política no país. No referendo, no sábado, os egípcios terão de endossar ou rejeitar a lei básica do país, que terá de entrar em vigor antes das eleições nacionais serem realizadas no próximo ano. A maioria espera que o pleito possa tirar a nação mais populosa do mundo árabe da instabilidade política em que se encontra. Pelo menos sete pessoas morreram e centenas ficaram feridas na violência que eclodiu há três semanas, após Mursi ter concedido a si mesmo amplos poderes para encaminhar a Carta a um órgão encarregado de sua elaboração, dominado por islâmicos e boicotado pela oposição. Ahmed Said, um dos líderes da oposicionista Frente de Salvação Nacional, disse que a imposição do referendo, em um momento de elevada tensão nas ruas, pode provocar mais violência, já que eleitores rivais irão às urnas. "Durante o referendo, acredito que haverá sangue e um monte de antagonismo, por isso não está certo realizar um referendo", disse ele. Said, que também preside o partido liberal Egípcios Livres, descreveu a votação como um risco demasiado e meio à prevalência de tanta "amargura". Apesar da pressão da oposição pelo voto no "não", espera-se que a medida seja aprovada, dado o histórico de vitórias da Irmandade Muçulmana, grupo bem organizado, nas eleições desde a queda do presidente Hosni Mubarak há quase dois anos. A Irmandade Muçulmana foi aliada de Hitler e dos nazistas na segunda guerra mundial. É a organização mãe de todos os grupos terroristas islâmicos atuais, incluise a Al Qaeda.

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