terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Operações da Polícia Federal não tiveram interferência política, diz ministro petista


O ministro da Justiça, o "porquinho" petista José Eduardo Cardozo, negou, nesta terça-feira, que a Polícia Federal sofra interferência política em suas operações. Ele afirmou que apesar de a Policia Federal ser um órgão subordinado ao seu ministério, nenhuma das duas operações recentemente deflagradas pelo órgão tiveram interferência dele. "Sempre que pessoas do mundo político ou econômico são investigadas há muita tensão, controvérsia e confusões", disse o ministro. "Mas afirmo aqui que nenhuma dessas operações é fruto de instrumentalização do ministro da Justiça e nem de descontrole da Polícia Federal", disse. Cardozo prestou esclarecimentos sobre as operações Porto Seguro e Durkheim deflagradas pela Polícia Federal em audiência pública realizada pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. O ministro afirmou que não toma conhecimento prévio de investigações policiais em sigilo. O ministro afirmou que recebeu “informações genéricas” na véspera da deflagração da operação, no último dia 23, que resultou no indiciamento da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a amante de Lula. A operação desarticulou uma quadrilha que fazia tráfico de influência e vendia pareceres de órgãos públicos. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Cardozo disse que o protocolo da PF permite que, em um primeiro momento, ele seja informado apenas com dados “genéricos” sobre operações policiais. O objetivo, justificou, é evitar vazamentos e “blindar” instituições de focos de corrupção. “Se pudesse o ministro de estado da Justiça saber daquilo que tramita no inquérito sobre sigilo, bastava alguma situação que uma informação vazasse para dificultar as investigações e ele seria o primeiro suspeito”, justificou o titular da pasta que comanda a Polícia Federal.

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