quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Leilão da Aneel termina com sete lotes de linhas de transmissão e subestações arrematados


Apenas um dos oito lotes oferecidos nesta quarta-feira em leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não obteve proposta dos agentes. O lote H, com linhas e subestações no Estado do Acre, estimado em R$ 25,96 milhões, deverá ser novamente ofertado no próximo leilão da Aneel, mas com reestruturação de valores. No leilão na BM&F Bovespa foram arrematados sete lotes de linhas de transmissão e subestações. Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, houve muita disputa entre empresas e consórcios. “Tivemos um recorde absoluto de lances de todos os leilões já realizados. O lote mais concorrido, o F, teve 308 lances até chegar ao vencedor, o que mostrou bastante apetite das empresas nessa disputa. Ficamos muito felizes com isso, porque também representamos o lado do consumidor brasileiro”, disse Hübner. Estavam previstos inicialmente R$ 450,1 milhões como Receita Anual Permitida (RAP), ou seja, valor máximo a que o empreendedor terá direito pela prestação do serviço de transmissão com a entrada das instalações em operação comercial. Venceram o leilão as empresas e os consórcios que apresentaram os menores valores de RAP. Os sete lotes arrematados somaram R$ 352,4 milhões, o que deu um deságio de 21,7%. A Aneel disponibilizou 4.445 quilômetros (km) em linhas de transmissão e subestações, com um total de 1.940 mega-volt-amperes (MVA) de potência em 11 Estados: Tocantins, Goiás, Acre, Piauí, Maranhão, Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. De acordo com Hübner, o resultado do leilão mostra ampla distribuição entre os agentes vencedores: “Foram cinco ganhadores em sete lotes em que houve lances, uma variação grande de empresas". Ele destacou que será bem significativo o volume de investimentos: “R$ 5 bilhões só nesse conjunto de linhas de transmissão”. O lote A, com quatro linhas de transmissão e duas subestações localizadas nos Estados do Tocantins, do Piauí, da Bahia e do Maranhão, foi arrematado pela Abengoa. A empresa ofereceu R$ 145,6 milhões, um deságio de 28,6% em relação à RAP prevista pela agência. Chamadas de Pré-Belo Monte, essas linhas ajudarão no escoamento da geração da Usina de Belo Monte. A empresa Copel ficou com o lote B, com linhas de transmissão no estado de São Paulo, pelo valor final de R$ 5,8 milhões, com deságio de 5% em relação à RAP prevista pela Aneel. A entrada em operação comercial está prevista para dentro de 22 meses e há estimativa de criação de 315 empregos diretos. O lote C foi arrematado pela Companhia de Força e Luz (CPFL) por R$ 8,8 milhões, com deságio de 39,42%. O Lote D, composto por linhas nos estados de São Paulo e Minas Gerais, foi arrematado pelo Consórcio Triângulo Mineiro, entre Furnas e a J&F, por R$ 29,01 milhões, com deságio de 18,89%. A Abengoa arrematou o lote F, com uma linha, localizada no estado de Minas Gerais, por R$ 30,8 milhões, um deságio de 16,61%. O consórcio Paranaíba levou o Lote G por R$ 100,2 milhões, um deságio de 5,56%. O lote é composto por linhas de transmissão nos estados da Bahia, de Goiás e de Minas Gerais.

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