quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dilma promete mais infraestrutura para elevar competitividade e renda


A presidente Dilma Rousseff declarou nesta quarta-feira que o Brasil precisa elevar sua competitividade e ampliar investimentos em infraestrutura e tecnologia para propiciar a retomada do crescimento econômico e melhorar a renda per capita do brasileiro. "A indústria e os investimentos em infraestrutura são os elementos estratégicos para que o Brasil mude seu patamar e se torne uma economia que possa, de fato, dobrar sua renda per capita em um horizonte de até 20 anos", disse a presidente, em um evento para empresários em Paris. Segundo Dilma, o governo tem um programa de aeroportos regionais "muito forte", que prevê a construção de 800 "ou mais" aeroportos regionais no Brasil. "Queremos que em cidades com 100 mil habitantes exista um aeroporto a 50 ou 50 quilômetros de distância", disse Dilma. O setor ferroviário é outro que deverá receber investimentos: "Somos um país continental e precisamos de ferrovias". O Brasil deve criar 15 mil quilômetros de linhas férreas nos próximos anos, sendo 10 mil deles por meio de concessões, disse a presidente. Ou seja, ela anunciou que vai privatizar tudo. Nesta quinta-feira, o governo vai lançar a licitação para o trem de alta velocidade que vai ligar São Paulo, Campinas e o Rio de Janeiro. No segundo dia de sua visita à França, Dilma fez um discurso de cerca de 45 minutos a empresários de grandes grupos franceses na sede do Medef, sindicato patronal, equivalente à Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Brasil. "Estamos com políticas de estímulos fiscais, de competitividade e de investimentos em infraestrutura para retomar e acelerar nossa atividade econômica", afirmou a presidente. A presidente também ressaltou no evento que o governo brasileiro está "preocupado" em reduzir os custos de produção e "empenhado" em resolver os gargalos históricos da infraestrutura no Brasil. Segundo Dilma, esses "gargalos sistêmicos" são o resultado de "vinte anos de políticas exclusivas de austeridade" no Brasil, como as impostas pelo Fundo Monetário Internacional. A presidente afirmou também que o desenvolvimento da competitividade das indústrias brasileiras "é um grande desafio" atualmente para o Brasil: "A competitividade é uma questão crucial como caminho de saída da crise, que constrói o futuro e preserva as conquistas sociais".

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