terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Deputado Jerônimo Goergen defende a segurança de pilotos e passageiros de aviões


Os líderes partidários da Câmara fecharam um acordo nesta terça-feira para a votação do PL 6716/2009, que prevê uma série de alterações no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), entre elas a possibilidade de ampliação da participação do capital estrangeiro nas empresas de aviação. O texto, que deve ser colocado em votação pelo relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), excluiu dois itens que representavam um verdadeiro retrocesso para a segurança de vôo e colocavam em risco os empregos no setor, já abalado pelas recentes demissões. O primeiro dispositivo promovia mudanças na regulamentação do aeronauta, fazendo com que a carga horária de pilotos e comissários de vôo pudesse ser estendida das atuais 13 horas para até 19 horas. “Mostramos argumentos que demonstram a relação entre o cansaço do piloto com a ocorrência de incidentes aéreos. Um piloto com fadiga e débito de sono sofre o mesmo efeito de quem ingeriu bebida alcoólica. Portanto, devemos ter a maior responsabilidade ao discutir um tema dessa natureza, pois estamos falando da segurança dos profissionais, passageiros e de pessoas que podem ser atingidas pela queda de uma aeronave”, esclareceu o vice-líder do PP na Câmara, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS). Ele recebeu uma comitiva de 30 integrantes da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), que promoveram uma demonstração para os deputados sobre os aspectos negativos da proposta. Maior autoridade brasileira em fadiga humana no setor aéreo, o comandante Paulo Rogério Licati lembrou ainda que a proposta original de alteração do CBA também previa a extensão do prazo de contratação de pilotos estrangeiros, dos atuais 180 dias para até 5 anos. “Antes de abrir nosso mercado para pilotos de fora temos que igualar as condições de contratação, já que os estrangeiros vêm para o Brasil custando menos para as empresas aéreas, que não pagam uma série de encargos trabalhistas. E isso ocorre justo no momento em que mais de 600 pilotos foram demitidos", destacou Licati.

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