domingo, 9 de dezembro de 2012

Chefe do Hamas diz que nunca aceitará a existência de Israel


O chefe do Hamas, Khaled Meshal, rejeitou no sábado ceder sequer "uma polegada" do território palestino a Israel ou reconhecer o Estado judeu. As declarações foram feitas durante um discurso em Gaza, parte das comemorações do 25º aniversário de fundação desta organização terrorista islamita. "A Palestina é nossa terra e nossa nação compreende o território que vai do Mar Mediterrâneo até o rio Jordão, de norte a sul, e nós não podemos ceder uma polegada ou qualquer parte dele", disse Meshal a respeito do território de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP). "A resistência é a forma correta de recuperar nossos direitos, assim como todas as formas de luta, política, diplomática, legal e popular, mas todas são sem sentido sem a resistência", disse ele durante sua visita a Gaza. Ao falar sobre a unidade palestina, ele afirmou que "somos uma única autoridade, uma única referência e nossa referência é a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), que queremos unida". A OLP é, aos olhos da comunidade internacional, o único organismo que pode falar por todo o povo palestino. O Hamas não pertence à OLP, cujo principal dirigente é o presidente palestino Mahmoud Abbas, mas um ano atrás Meshal disse que seu grupo e outras facções estavam "no caminho para se integrar" à organização. Suas declarações podem ser vistas como a mais recente tentativa do Hamas de se unir à OLP e consolidar as fileiras palestinas. Em 2006, o Hamas venceu a eleição geral por maioria dos votos, derrotando o Fatah, partido de Abbas. Cerca de 18 meses mais tarde, o Hamas depôs as forças do Fatah em Gaza após várias semanas de confrontos de rua e o grupo islamita passou a governar o território. Como resultado, atualmente Abbas comanda apenas a Cisjordânia, ocupada por Israel. Meshal cruzou a fronteira do Egito com Gaza na sexta-feira, em sua primeira visita aos territórios palestinos desde 1975, na companhia de seu vice, Mussa Abu Marzuk. Ele discursou durante um evento que, segundo os organizadores, reuniu mais de 100 mil partidários no complexo Al-Qitaba, a oeste da Cidade de Gaza.

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