quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Calderón é denunciado no Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra


O ex-presidente do México, Felipe Calderón (2006-2012), foi denunciado nesta quarta-feira no Tribunal Penal Internacional, em Haia, por crimes de guerra e pela imposição de um Estado de exceção. A denúncia foi apresentada por Humberto Moreira, ex-governador de Coahuila, ligado ao Partido Revolucionário Institucional (PRI). Moreira refere-se às ações do governo de combate aos cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas no México. De acordo com Moreira, Calderón impôs um estado de exceção no México que não visava a proteger os civis e que acabava colocando em risco a vida da população. "Meu filho morreu por causa da guerra louca e irresponsável do ex- presidente Calderón. Como meu filho, milhares de pessoas morreram", disse Moreira, referindo-se ao assassinato do seu filho José Eduardo, em outubro. Segundo investigações, ele teria sido morto por integrantes do cartel Los Zetas. Em 2006, Calderón pôs em prática uma política de segurança, que incluiu o lançamento de uma operação militar contra os cartéis de drogas. Pelo menos 60 mil pessoas morreram no México após a implementação da política de segurança, de acordo com dados de organizações de direitos humanos, a imensa maioria liquidadas pelos cartéis de traficantes. O PRI sempre foi sócio dessa escória.

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