domingo, 25 de novembro de 2012

SUSPEITAS MUITO FORTES NO GOVERNO DE JOSÉ FORTUNATI EM PORTO ALEGRE


O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), mandou publicar no Diário Oficial uma portaria designando um "grupo de elite" para fazer "inspeção especial" nos processos de aprovação urbanística e ambiental do município. Protocolada sob número 53360, a portaria designa pessoas da estrita confiança do prefeito para coordenar e executar o trabalho. A inspeção abrange, mais especificamente, as comissões de aprovação de edificações nas secretarias municipais de Planejamento e de Obras e Viação (Smov). A portaria detalha que serão investigados “temas de atuação municipal que envolvam a recompra, a negociação por índices construtivos e os Termos de Compromisso firmados pelo Município de Porto Alegre decorrentes do processo de aprovação de empreendimentos”. Fica evidente que essa é uma medida protetiva adotada pelo prefeito José Fortunati, para dar a impressão de que ele investiga antes da polícia ou do Ministério Público as suspeitas de desmandos ou corrupção em seu governo. Na verdade, já estão sendo investigadas as gestões dos ex-secretários Marcio Bins Ely (vereador do PDT)  e Cassio Trogildo (eleito vereador pelo PTB). Não por acaso, os dois fizeram as mais "vistosas" campanhas eleitorais este ano, com gastos publicitários que saltaram aos olhos de qualquer um.  O prefeito determinou a inspeção para se certificar de que não há irregularidade nos processos de liberação de empreendimentos, já que nos últimos meses pipocaram denúncias anônimas de problemas na administração municipal. O trabalho será coordenado pela procuradora Vanêsca Buzelato Prestes e contará com mais dois procuradores, uma técnica do Gabinete de Planejamento Estratégico e um técnico da Secretaria de Gestão. Este grupo já pode começar seu trabalho pedindo cópia da investigação do Ministério Público. Aliás, o governo José Fortunati poderia ter ampliado os poderes dessa comissão, para investigar também a absolutamente desastradosa gestão na área da limpeza pública, onde se acumulam já oito contratos emergenciais, sem licitações, com renovações por preços maiores, majorados a cada seis meses, e com licitações feitas de maneira deliberada para que fossem suspensas pela Justiça, o que efetivamente acabou acontecendo. São licitações no valor de 500 milhões de reais. Será que Fortunati acha pouco?

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