domingo, 4 de novembro de 2012

PT desiste de manifesto a favor dos condenados pelo STF. Mas acha que crime de formação de quadrilha não é motivo "infamante" de expulsão.


Dividido, o PT desistiu de divulgar na última quinta-feira um manifesto contra a atuação do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mensalão. O texto, que atacaria a condenação de petistas como os corruptos e quadrilheiros José Dirceu e José Genoino ficará para depois da definição das penas. "Temos uma avaliação crítica do julgamento e vamos fazê-la assim que ele for concluído", disse o presidente do PT, Rui Falcão. O mais recente cálculo, já discutido com Lula e a presidente Dilma Rousseff, é que não se pode transformar 2013 numa batalha campal contra o Supremo, nem trazer para o colo do partido o ônus dessa mobilização. Essa ponderação não casa com a expectativa de aliados dos réus José Dirceu e José Genoino, que pretendem conflagrar a militância contra o tribunal. Nas últimas semanas, o PT já conteve ataques ao Supremo para não prejudicar seus candidatos nas eleições. A principal preocupação era evitar desgastes para Fernando Haddad em São Paulo. Agora, após a vitória do ex-ministro, petistas evitam expor o sentimento de revanche. O partido deve se solidarizar com os condenados atacando a "politização" do julgamento, mas não fará campanha permanente por eles.

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