terça-feira, 27 de novembro de 2012

Polícia Federal diz que quadrilha pode ter violado sigilo de até 10 mil pessoas


A Operação Durkheim, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira para desarticular dois grupos criminosos (um especializado na venda de informações sigilosas e outro voltado à prática de crimes contra o sistema financeiro, ligados por um investigado que atuava nas duas frentes) apreendeu até o momento cerca de R$ 600 mil e 27 carros de luxo, durante a prisão de 33 pessoas envolvidas no esquema e espalhadas por São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Pernambuco. Dez policiais, sendo três federais, cinco policiais civis e dois militares foram presos na operação. Foram identificadas 10 pessoas ligadas a empresas de telefonia e um gerente de banco, que comercializavam dados de clientes. Segundo o delegado Valdemar Latance Neto, 'cinco mil, sete mil, até 10 mil pessoas' podem ter sido vítimas. "O que se mostrou foi uma banalização da violação do direito à privacidade. O comprador dos dados muitas vezes era uma pessoa comum, que suspeitava de uma traição no casamento, por exemplo. Havia entre os compradores grandes empresários, ligados a espionagem empresarial e um grande escritório de advocacia", continuou o delegado.

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