domingo, 4 de novembro de 2012

Pânico do PT com a delação premiada de Marcos Valério é confissão de culpa.


Se o PT não tem nada a temer, se não cometeu nenhum crime a mais do que as dezenas já comprovadas, por que esta preocupação oficial e institucional com uma possível e desejável delação premiada de Marcos Valério? O que mais o PT pode ter feito no Mensalão que o faz reagir de forma tão assustada e tão esbaforida em relação a um novo depoimento do seu braço financeiro no Mensalão? Existirão mais assinaturas? Mais esquemas subterrâneos que ainda não vieram à tona? A cúpula do PT procurou desqualificar o novo depoimento que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza prestou à Procuradoria-Geral da República sobre o esquema. Saindo em defesa do ex-presidente Lula, alvo principal de um novo pedido de investigação de partidos de oposição, os petistas disseram que Valério está tentando se livrar da pena imposta pelo Supremo e por isso não merece credibilidade. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse: "Não temos nada a temer. Tudo o que ele poderia ter falado falou no processo". O empresário mencionou no depoimento outras remessas de recursos do mensalão ao Exterior além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido. Valério também disse no depoimento que foi ameaçado de morte e mencionou o assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002. O PPS afirma que vai entrar com o pedido de investigação, mesmo sem o apoio do DEM e PSDB: "Isso é problema deles, nós vamos protocolar a ação na terça-feira", disse o presidente do PPS, Roberto Freire (SP). O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), considerou "lamentável" a tentativa de vincular Lula ao mensalão: "Depois do julgamento, depois de todas as análises feitas, de todas as investigações feitas, eu diria que não cabe mais nenhum tipo de ilação sobre esse tema".

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