quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fixado prazo para depoimentos do Mensalão mineiro


O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, fixou nesta semana o prazo de 40 dias para que testemunhas do Mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, sejam ouvidas pela Justiça. O valerioduto tucano foi um suposto esquema de desvio de recursos públicos e financiamento irregular da campanha eleitoral do então governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que tentava a reeleição em 1998 e perdeu. Entre os intimados estão o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PSDB-PE), e o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PSB-CE), que até 1997 integrou a legenda. O despacho foi assinado na segunda-feira. Nele, Barbosa autoriza os juízes que devem tomar os depoimentos a "conduzirem coercitivamente as testemunhas" que faltarem às audiências. O ministro decidiu também incluir perguntas formuladas por ele aos depoentes. Barbosa questiona, por exemplo, se as testemunhas tinham conhecimento de que o empresário Marcos Valério pagava despesas de campanha de Eduardo Azeredo. Na pergunta, cita "indícios" de que houve desvio de dinheiro público no caso. A suspeita é que o dinheiro teria saído de estatais mineiras para a SMP&B, empresa de publicidade controlada pelo empresário, "sob a justificativa formal de patrocínio a três eventos esportivos".

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