sábado, 10 de novembro de 2012

Entidades criticam ação da Polícia Federal em confronto com índios


Cinquenta entidades assinaram um manifesto criticando a atuação da Polícia Federal no confronto com os índios da etnia Munduruku, ocorrido na manhã da última quarta-feira na Aldeia Teles Pires, na divisa entre os Estados de Mato Grosso e do Pará. Na sexta-feira, diversas entidades de Cuiabá realizaram um ato público em defesa dos povos indígenas. Eles responsabilizam o governo brasileiro pelo ocorrido e exigem que os fatos "sejam apurados e os culpados pelos ataques e assassinato do índio Munduruku sejam criminalmente penalizados". Na avaliação das entidades, o episódio é "mais um capítulo de uma novela pautada pelo descaso, violência e destruição das terras e dos povos indígenas". No manifesto, os signatários destacam que "500 anos se passaram desde a chegada européia a pindorama, mas o confronto repete o que ocorria no inicio da invasão. Índio (Munduruku) com flecha defendendo o seu território, e branco (Policial Federal) com arma de fogo abatendo quem encontrava pelo caminho". Dentre os signatários do documento estão o Movimento Xingu Vivo, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPA e partidos políticos, como o PSOL e o PSTU. O grupo diz que a operação da Polícia Federal atende a "interesses de empresários, ávidos pelos recursos minerais em terras indígenas". Esses ongueiros e cretinos da Igreja Católica escondem que os índios que confrontaram com a Polícia Federal são bandidos, estavam armados e atiraram nos policiais federais, os quais tinham que reagir. Ou, por acaso, não existe índio bandido?

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