quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Diretor do Banco Central aponta que terá longa duração o pequeno crescimento global da economia


O mundo deve viver um longo período de baixo crescimento econômico ainda em função das últimas crises internacionais, avaliou nesta terça-feira o diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Luiz Awazu Pereira. Segundo ele, os níveis de endividamento de países como Estados Unidos e Japão, além da União Europeia, ainda são bastante elevados. Awazu citou os estoques de dívidas de empresas, governos e pessoas físicas dessas regiões como um fator de limitação ao crescimento global. "A velocidade de recuperação da atividade demora muito mais, e um dos motivos para isso é o fato de você estar com dívidas simultâneas e uma série de incertezas sobre problema fiscal nos Estados Unidos e a crise europeia", avaliou, em palestra na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Awazu evitou comentar por quanto tempo duraria a fase de crescimento mundial mais baixo, mas frisou que as soluções de problemas desse porte "tomam um certo tempo". "A Europa está dando soluções, temos hoje eleições nos Estados Unidos que vão começar a indicar as soluções. Passamos da fase de volatilidade e estresse maior e, agora, vai se ter convergência para o funcionamento normal das economias", disse ele. No caso do Brasil, o diretor do Banco Central foi mais otimista, ao apontar que a recuperação no país se dá de maneira mais forte. "Nossa situação de retomada do crescimento é bastante equilibrada. Estamos com sinais positivos de que a economia vai crescer no ritmo de fim de ano em cerca de 4%. Estamos em condição de sinalização de retomada", completou.

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