domingo, 4 de novembro de 2012

Comissão da Verdade vai investigar circunstâncias da morte do educador Anísio Teixeira

Anisio Teixeira

A morte do educador Anísio Teixeira, em 1971, no Rio de Janeiro, é tema de uma audiência pública que a Comissões Nacional da Verdade (CNV) e a Comissão da Verdade da Universidade de Brasília (UnB) promovem nesta terça-feira, em Brasília. As duas comissões analisarão as circunstâncias da morte de Anísio Teixeira, ex-reitor da UnB, que foi cassado pelo golpe militar de 1964. Na terça-feira, Babi Teixeira, filha do educador, entregará às comissões um dossiê inédito sobre as circunstâncias da morte do pai e as perseguições que ele sofreu durante a ditadura. Segundo Babi, o documento reúne depoimentos de parentes e amigos de Teixeira. Na audiência pública estarão presentes também Carlos Teixeira, filho do educador, e o professor de engenharia João Augusto da Rocha, da Universidade Federal da Bahia, autor do livro "Anísio em Movimento", que tem colaboração de Afrânio Coutinho, Antonio Houaiss, Artur da Távola, Darcy Ribeiro, Diógenes Rebouças, Luís Filipe Perret Serpa, Florestan Fernandes, Haroldo Lima, Jorge Hage, Luís Henrique Dias Tavares e Tales de Azevedo, entre outros. Nos anos de 1960, Anísio Teixeira projetou, em parceria com Darcy Ribeiro, a Universidade de Brasília, fundada em 1961. Teixeira foi reitor da UnB em 1963 e, em 1964, foi cassado pela ditadura. Em março de 1971, o corpo dele foi encontrado no fosso do elevador do prédio do amigo Aurélio Buarque de Holanda. A versão oficial é que ele foi vítima de um acidente.

Nenhum comentário: