domingo, 4 de novembro de 2012

CNBB discute reforma política, violência, novo Código Penal e questão indígena, é a pauta petista


A situação dos índios, a reformulação do Código Penal, a necessidade de uma reforma política e a violência no País foram destaques na reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma organização filo-petista. Acompanhado do  secretário-geral, dom Leonardo Ulrich Steiner, o presidente da CNBB, cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, apresentou um balanço dos trabalhos realizados nos três dias do encontro, encerrado na última quinta-feira, em Brasília. Dom Raymundo disse que vê com preocupação o que tem acontecido com diversas etnias indígenas no País. O secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, Lernardo Steiner, acrescentou que o governo não têm feito o suficiente para resolver os conflitos envolvendo a demarcação de terras indígenas: “É decisivo que o governo se engaje. Não é suficiente o que vem fazendo, em especial com o povo Guarani Kaiowá. Se os indíos não têm garantia à sua terra, não têm garantida sua sobrevivência”. Outro ponto destacado pelo bispo foi a reforma do novo Código Penal Brasileiro. Dom Leonardo Steiner acredita que a reforma está caminhando na direção errada e pode resultar em um aumento exagerado da população carcerária: “Hoje nós temos uma população em presídios de cerca de 500 mil pessoas, e as vagas não chegam a 300 mil. Se a proposta for aprovada, nós rapidamente chegaremos a uma população de 700 mil”. Ele disse que a CNBB está analisando a proposta que foi colocada para apreciação da Câmara e do Senado. Ao analisar as eleições municipais, Steiner defendeu a necessidade de uma reforma política mais profunda que aborde temas como financiamento público de campanha e fidelidade partidária, mas, devido à realidade política do Congresso Nacional, não acredita que ela venha a ser feita.

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