quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ayres Britto recebe homenagem na sua despedida e diz que Supremo muda cultura do País


A sessão do julgamento do Mensalão do PT na quarta-feira começou com uma homenagem de mais de 40 minutos ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto. Foi a última sessão dele em plenário devido a sua aposentadoria compulsória no domingo, quando completa 70 anos. Emocionado, Britto afirmou que o Supremo está mudando a cultura do País. O primeiro a homenageá-lo foi o ministro Celso de Mello, decano da corte. Ele falou sobre a exigência constitucional de aposentadoria aos 70 anos e adiantou que não pretende esperar este prazo, que no seu caso expira em 2015. Celso referiu-se a Britto como um dos grandes juízes a passar pelo tribunal: "Ministro cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo na vida dos cidadãos dessa República e na vida das instituições democraticas deste País". O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante fizeram também pronunciamentos com elogios a Britto. Na sequência, o presidente do tribunal agradeceu as homenagens, o apoio das esposas e de seus cinco filhos. Aproveitou ainda para agradecer ao ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, por sua indicação, e lembrou ter atuado com Bastos e o advogado Marcelo Leonardo quando era conselheiro da OAB. Bastos e Marcelo Leonardo são advogados de José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural, e do empresário Marcos Valério, ambos condenados no Mensalão do PT. Britto aproveitou para falar ainda sobre a atuação do tribunal. "O Supremo Tribunal Federal está mudando a cultura do País a partir dessa Constituição que quer essa mudança para melhor", afirmou o presidente.

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