sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TCU pega Haddad: MEC usou "laranjas" em contrato de R$ 42,6 milhões.


Uma investigação conduzida por auditores do Tribunal de Contas da União encontrou indícios de fraude em uma licitação aberta na gestão do petista Fernando "Kit Gay" Haddad no Ministério da Educação para reforçar a área de informática e aumentar a segurança do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os auditores acharam indícios de que houve conluio entre empresas participantes da licitação, uso de documentos falsos, pagamentos irregulares e superfaturamento. Haddad, que deixou o MEC para ser o candidato do PT a prefeito de São Paulo neste ano, disse várias vezes durante a campanha eleitoral que jamais alguém apontou desvios de natureza ética em sua gestão como ministro. Após o vazamento da prova do Enem em 2009 e outros problemas constatados, o Inep, instituto ligado ao MEC e responsável pelo Enem, defendeu a contratação de um conjunto de empresas para atuar na proteção contra "ataques ou incidentes de segurança". O valor dos seis lotes chegou a R$ 42,6 milhões, divididos entre quatro empresas vencedoras: DNA Soluções, Jeta, Monal e Ata. Duas das quatro empresas, a DNA e a Ata, receberam R$ 5,7 milhões. Segundo o entendimento dos auditores, há indícios de fraude já na redação do edital de licitação, com suspeita de direcionamento para determinadas marcas de produtos. Eles também apontam sobrepreço em algumas das compras. O sobrepreço teria ocorrido porque o Inep, segundo os peritos, não detalhou suficientemente os valores médios de mercado usados como referência para evitar superfaturamento.

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