quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Procurador-geral Roberto Gurgel pede reprimenda penal enérgica para os corruptos José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fez um apelo na noite desta terça-feira em favor de uma "reprimenda enérgica" por parte do Supremo Tribunal Federal em relação aos réus do núcleo político do processo do Mensalão do PT, formado pelo ex-ministro da Casa Civil, o corrupto e quadrilheiro José Dirceu; pelo ex-presidente do PT, o também corrupto e quadrilheiro José Genoino, e pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares, igualmente corrupto e quadrilheiro, todos já devidamente condenados. Desde o início do julgamento, o chefe do Ministério Público tem pedido reiteradamente que os condenados sejam presos imediatamente ao final da análise. "Eu acho que, a meu ver, no núcleo político, a conduta é de extrema gravidade, em razão dos cargos ocupados. Então, ali é indispensável que a reprimenda penal seja enérgica, proporcional à extrema gravidade dos delitos", disse Gurgel ao final da sessão do Tribunal Superior Eleitoral desta terça-feira. Roberto Gurgel afirmou estar "preocupado" com a efetividade da decisão de condenar 25 dos 37 réus pelo esquema de compra de votos no Congresso montado para beneficiar o governo do ex-presidente Lula. Ele afirmou que, após a fase de dosimetria, voltará a cobrar a prisão imediata dos condenados: "Minha preocupação nesse momento é com a efetividade da decisão do Supremo. Que os condenados tenham punição adequada e proporcional à quantidade dos crimes que cometeram e que a decisão seja efetiva". Roberto Gurgel afirmou ainda que o processo do Mensalão do PT é "diferente" dos demais e, por este motivo, cabe execução imediata das prisões, mesmo antes da publicação do acórdão. Para ele, é "inconcebível" que os réus aguardem a publicação do acórdão em liberdade. "Eu diria que a utilização exacerbada de certos recursos pode levar a algo pior do que o estimado", disse, se referindo à previsão de que o acórdão seja publicado no início de 2013.

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