segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Previdência tem déficit de R$ 4,9 bilhões em agosto

O déficit da Previdência aumentou 90,4% entre julho e agosto deste ano e chegou a R$ 4,9 bilhões, segundo o Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Em julho, o saldo negativo foi R$ 2,59 bilhões. O crescimento do déficit é justificado pela antecipação, em agosto, da primeira metade do décimo terceiro salário concedida a beneficiários que recebem até um salário mínimo (R$ 622,00) que somaram R$ 2,5 bilhões, dos quais 98,7% foram para a área rural (R$ 1,3 bilhão), onde está o maior número de beneficiários. Segundo o RGPS, de janeiro a agosto deste ano, foram arrecadados R$ 169,3 bilhões e gastos R$ 155,3 bilhões pela Previdência urbana, com saldo positivo de cerca de R$ 14 bilhões, descontadas as renúncias previdenciárias. O saldo foi 28,4% superior ao do mesmo período em 2011. Na Previdência rural, houve déficit de aproximadamente R$ 42,5 bilhões, diferença entre os R$ 3,7 bilhões arrecadados e os cerca de R$ 46,3 bilhões gastos, considerando as renúncias. O saldo negativo foi 11,3% maior do que em 2011. O valor médio dos benefícios em 2012 foi de R$ 901,72, aumento de 20,4% em relação a 2005, quando a média era R$ 696,95. Em agosto de 2011, a média foi aproximadamente R$ 866,00. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concede atualmente cerca de 29 milhões de benefícios, entre previdenciários, acidentários e assistenciais. Atualmente, o saldo negativo das contas da Previdência está em R$ 39 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses. O secretário explicou que esse déficit deverá ser reduzido a R$ 37,6 bilhões quando for recompensado à Previdência valor referente às desonerações em folhas de pagamentos nos setores de tecnologia da informação, material elétrico, autopeças móveis, têxtil, naval, aéreo, entre outros.

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