quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Presidente paraguaio acusa Mercosul e Unasul de intervenção


O presidente Federico Franco acusou nesta quinta-feira o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) de intervirem no Paraguai com o discurso de que a democracia no país deve ser protegida. O Paraguai "se encontra em uma difícil situação internacional criada por seus vizinhos", argumentou Franco na Assembleia Geral da ONU. Ele assumiu a presidência no último 22 de junho em substituição a Fernando Lugo, cassado em um julgamento político no Congresso. Para Franco, os integrantes do Mercosul e da Unasul violaram tratados internacionais quando "pretenderam erigir-se em tutores da democracia paraguaia, deixando de lado o princípio de não-intervenção consagrado na carta das Nações Unidas". Após o impeachment-relâmpago de Lugo e a posse de Franco, que era o vice-presidente do país, o Paraguai foi suspenso da Unasul e no Mercosul. Os dois órgãos sustentam que no Paraguai aconteceu uma "ruptura democrática" com a destituição de Lugo e que só reconhecerão as autoridades que surjam das eleições gerais do dia 21 de abril de 2013. "O Paraguai jamais aceitará a intervenção em seus assuntos internos por parte de potências estrangeiras e seguiremos construindo nossa democracia de acordo com a vontade do povo", disse Franco, lembrando que o julgamento político que aconteceu contra Lugo no Congresso obedeceu as regras da Constituição do país. Franco convocou os países da região a "refletir e encontrar juntos o caminho da reconstrução do processo de integração sul-americano".

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