segunda-feira, 15 de outubro de 2012

PMDB é o maior partido do Rio Grande do Sul, mas perdeu 9% dos eleitores


Do jornalista Políbio Braga - As equações usadas para indicar quais os partidos que se saíram melhor nas eleições municipais do Rio Grande do  Sul devem ser bem pensadas. É que conjuntos de vitórias para prefeito não permitem aferir a força de cada legenda, porque existem coligações poderosas, como as de Porto Alegre, nas quais a força dos aliados é até maior do que a do partido líder, e no entanto a soma dos votos vai somente para ele. Foi por isto que o professor Newton Braga Rosa, professor do Instituto de Informática da Ufrgs, montou o quadro dos resultados apurados para cada vereador do Estado, visando demonstrar a votação de cada partido. Neste caso, sobre os 6,1 milhão de votos válidos, os dez maiores foram: PMDB, 1,1 milhão, 18%; PP, 989,8 mil, 16%; PT, 921,4 mil, 15%; PDT, 850,2 mil, 155%; PTB, 584,5 mil,10%; PSB, 363,9 mil, 6%; PSDB, 356,1 mil, 6%; PPS, 173,9 mil, 3%; PCdoB, 156,4 mil, 3%; DEM, 161,6 mil, 3%; PRB, 94,5 mil, 2%. Outros 17 partidos fizeram votos. O 11º é o novato PSD, de Kassab, que fez 64,3 mil votos, praticamente empatado com o PV. O discutido PSOL fez 53 mil votos. Em último lugar, com apenas 894 votos, surgiu o PCB. São os maiores. E quais os que mais somaram ou perderam eleitores? Considerando-se que o eleitorado teve um crescimento de 6% entre 2008 e 2012, e cotejando uma eleição com a outra, já devidamente ajustados os números para aferir o avanço ou a perda real, eis os resultados: 1) Os que mais cresceram - PCdoB, 43%; PSB, 30%; PRB, 27%; PT, 6%; PDT, 2%; 2) Os que mais perderam - DEM, 30%; PSDB, 24%; PMDB, 9%; PP, 4%; PPS, 4%; PTB, 3%. É claro que avanços como os do PCdoB, PSB e PRB, influem pouco sobre o futuro eleitoral, porque cada um deles tem fatia muito diminuta do eleitorado, o mesmo acontecendo com perdas de nanicos como DEM ou PPS. No pelotão de frente, as perdas de eleitores do PMDB, PP e PTB são significativas, como são expressivos os avanços do eleitorado do PT e do PDT, apesar dos efeitos do Mensalão do PT.

Nenhum comentário: