segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Para Financial Times, Graça Foster tem desafio na gestão da Petrobras


Uma semana depois de publicar reportagem com a presidente Dilma Rousseff, o jornal britânico Financial Times traz nesta segunda-feira um perfil da atual presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. A narrativa remonta aos tempos de infância de Graça, quando ela vivia no Morro do Adeus, uma favela do Rio de Janeiro. A matéria vai além da descrição da trajetória da executiva para discutir o cenário atual em que a Petrobras está inserida. Em agosto, a estatal revelou seu primeiro prejuízo em 13 anos: uma perda de 1,35 bilhão de reais no segundo trimestre de 2012. Ao lembrar o resultado, a reportagem lamenta que não há muito o que a CEO possa fazer para solucionar os problemas da companhia no curto e médio prazo. O texto cita, por exemplo, o expressivo aumento do endividamento em dólar da estatal, o qual foi provocado pelo próprio cenário de desvalorização do real ante a moeda americana, uma política imposta pelo Palácio do Planalto como medida para proteger a indústria doméstica da concorrência externa. A reportagem frisa também que, para muitos investidores, o grande peso para a produção de óleo e gás no País vem "daquela que está sorrindo em uma moldura oficial pendurada atrás de Graça". É uma referência explícita ao quadro de Dilma Rousseff com a faixa presidencial, que fica bem à direita da mesa da CEO. Na seqüência, o jornal ressalta que a estatal perdeu atratividade aos olhos dos investidores graças à forma como o governo definiu a distribuição dos lucros futuros da exploração de petróleo no País,em especial a do pré-sal, e que  "duras restrições sobre contratação de empresas estrangeiras", as tais regras de conteúdo nacional, foram culpadas por aumentar os custos da empresa. Outro ponto apontado pela reportagem como uma dificuldade de Graça é a política do governo Dilma de segurar o repasse dos custos da gasolina ao consumidor final.

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