quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O DIA EM QUE O GRANDE FARSANTE JOSÉ DIRCEU FOI CONDENADO PELA SEGUNDA VEZ COMO CORRUPTO, E POR NOVE VEZES

José Dirceu, nove vezes corrupto

Neste 9 de outubro de 2012, data da segunda condenação por corrupção do petista José Dirceu (a primeira foi em dezembro de 2005, quando a Câmara dos Deputados cassou seu mandato por corrupção), já se pode fazer algumas considerações sobre este personagem nefasto da cena brasileira. A vida do corrupto petista José Dirceu é uma grande farsa que tratou de erigir durante décadas, construindo uma mitologia pessoal para encobrir suas verdadeiras intenções. José Dirceu de Oliveira e Silva era um militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1966, quando ingressou na Faculdade de Direito da PUC, em São Paulo. Nesse mesmo ano ele rompeu com o Partidão, e passou a fazer parte da Dissidência Comunista (esta Dissidência, no Rio Grande do Sul, deu origem ao POC). Em São Paulo, esta dissidência deu origem à ALN, do terrorista Carlos Marighela (autor de um livro sobre o terrorismo). Na militância estudantil universitária, José Dirceu precisou de três anos para chegar à presidência da União Estadual dos Estudantes, em São Paulo. No Partidão, era um ardente seguidor de Carlos Marighella, e o acompanhou na denominada "Corrente Revolucionária", criada dentro do partidão a fim de defender a luta armada. No final de 1966, ingressou na "Ala Marighella", tranformada, um ano depois, no Agrupamento comunista de São Paulo (AC/SP). Em 1968, José Dirceu exercitava sua liderança como presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) insuflando os jovens a pegarem em armas, nem que fossem uns contra os outros. Foi assim que, no início de outubro, constituiu-se em um dos líderes do conflito no qual se envolveram, na Rua Maria Antonia, cerca de um mil estudantes universitários da Faculdade de Filosofia da USP e do Mackenzie. Armados de correntes, porretes, revólveres e coquetéis molotov, os estudantes digladiaram-se em uma verdadeira guerra campal, ao fim da qual havia um estudante morto (baleado na cabeça), dez outros feridos e cinco carros oficiais incendiados. A prisão de José Dirceu, então mais conhecido como "Daniel", ocorreu no dia 12 outubro de 1968, durante a realização do 30º Congresso da UNE. Sua prisão foi sentida por uma agente da repressão, a "Maçã Dourada", que havia sido "plantada" junto dele pelo DOPS, para colher informações. Ainda na prisão, José Dirceu ("Daniel") acompanhou a transformação do AC/SP na Ação Libertadora Nacional (ALN). Em 5 de setembro de 1969, menos de um ano após sua prisão, foi um dos 15 militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Ellbrick, que havia sido seqüestrado no Rio de Janeiro, pela ALN e pelo MR-8. Os presos trocados pelo embaixador, deportados do Brasil, seguiram para o México, a bordo do avião da Força Aérea modelo C-130 Hércules, matricula 2456. De lá seguiram para Cuba e Paris. Dirceu foi para Cuba, onde participou de um curso de guerrilhas, durante o ano de 1970, no denominado "III Exército da ALN" ou "Grupo da Ilha", ou "Grupo Primavera". Esse grupo, sentindo-se órfão com a morte do terrorista Carlos Marighella, rachou com a ALN (os divergentes passaram a ser conhecidos como o "Grupo dos 28"), dando origem à Dissidência da ALN (DI/ALN), mais tarde transformada no Movimento de Libertação Popular (MOLIPO - do qual a presidente Dilma Rousseff fez parte em Minas Gerais). O MOLIPO foi uma organização de curta e triste história. A maioria do "Grupo dos 28" regressou ao Brasil, a fim de colocar em prática seu treinamento de ações terroristas. Mas, logo após chegarem ao País, os militantes foram "caindo" um a um, como peças de um dominó, cujo "armador", dizem, está vivo até hoje. Quem seria o delator? No total, José Dirceu permaneceu em Cuba durante 18 meses. Nesse período, dizem antigos companheiros, ele não era um aplicado terrorista em treinamento. Ao contrário. Consta que teria feito uma operação plástica nos olhos e no nariz para retornar ao Brasil com segurança. Ele voltou em abril de 1975, quando já tinham sido dizimados todos os grupos "guerrilheiros". Ou seja, quando a luta armada já estava extinga. Adotou o nome falso de "Carlos Henrique Gouveia de Mello" e foi morar em Cruzeiro d'Oeste, no Paraná, onde se casou com uma ricaça da região, com quem teve um filho. Nesse tempo todo, segundo sua ex-mulher, dona de uma loja, ele não fazia praticamente nada, além de ler jornais. No final de 79, com o advento da anistia, pela qual não lutou, não mexeu um dedo, ele abandonou a mulher e o filho, e teria retornado a Cuba para retificar a antiga operação plástica. Vale dizer: ele ficou escondido durante quase toda a ditadura militar, no período que vale como ditadura "dura", do fim de 1969 até 1979. Em 1980 surge o PT e ele ingressa nesse partido. E são eleitos os primeiros governadores. Agora, condenado como corrupto vulgar, como o sujeito que tentou montar o maior golpe contra as instituições e o Estado Democrático de Direito no Brasil, o grande farsante tem a pretensão de dirigir-se "AO POVO BRASILEIRO", com uma nota, no dia de sua condenação. Diz ele: "No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir. Em 1969 fui banido do País e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes. Voltei clandestinamente ao País, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro. Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil. Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil. Na madrugada de dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu. A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha. Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência. Hoje, a Suprema Corte do meu País, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção. Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater. Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver. Vinhedo, 09 de outubro de 2012, José Dirceu". Continua um farsante como sempre. Mas caiu. Enquanto esteve em atividade, de 80 até agora, ou seja, em um período de 32, tudo que ele não fez foi lutar pela democracia. Ao contrário, como o comunista que era na década de 60, ele sempre atentou com a democracia. O atentado do Mensalão, finalmente, encerrou a sua carreira de golpismos contra a democracia.

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