segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Inflação se espalha e alta de preços já atinge dois terços de produtos


A recente alta da inflação, que chegou a 0,57% em setembro, foi atribuída principalmente aos efeitos da seca nos Estados Unidos sobre o preço dos alimentos. Mas especialistas perceberam uma tendência mais preocupante no resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A alta dos alimentos não é fenômeno isolado e passageiro. Segundo alguns economistas, a pressão inflacionária está se espalhando e atingindo um número cada vez maior de produtos e serviços. Como a economia voltou a crescer, aumentou o risco de que a inflação suba de patamar ou fique em um nível elevado por muito tempo, mesmo se os preços dos alimentos caírem. Enquanto o Brasil ainda discute o marco regulatório para a exploração do petróleo da camada do pré-sal, cuja descoberta foi anunciada em 2008, uma verdadeira revolução energética está ocorrendo no mundo, embalada pelo aumento da produção do chamado gás natural não convencional em países como Estados Unidos e China. Só nos Estados Unidos, o avanço de 45% na produção nos últimos seis anos reduziu seus preços para US$ 3,00 por milhão de BTU (medida internacional do gás). No Brasil, o valor cobrado pela Petrobras fica entre US$ 10,00 e US$ 11,00.

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