quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ex-senadora petista deixa o PT e sai criticando


Alegando ter sido prejudicada politicamente pelo chamado grupo majoritário do PT que apoia a candidatura de Lúdio Cabral, na disputa pela prefeitura de Cuiabá (MT), a ex-senadora do PT em Mato Grosso, Serys Slhessarenko, deixou o partido e declarou seu voto ao candidato do PSB, Mauro Mendes. Apesar da declaração, ela afirmou que não irá fazer campanha para o candidato. "Fui perseguida, isolada e humilhada", afirmou. A ex-senadora é da tendência "Articulação de Esquerda" do petista Walter Pomar, atualmente com pouca expressão dentro do PT. Em carta aberta a ex-senadora declara que desde o início de sua militância no PT assumiu "uma posição de independência face às chamadas tendências do PT e, portanto, nunca me alinhei com o grupo majoritário". Teria sido também este grupo, segundo a carta, que em 1996, com a presença do Delúbio Soares como emissário do Diretório Nacional, "impediu minha candidatura a prefeita de Cuiabá e o PT simplesmente não teve candidato naquela eleição. Em 2002, esse mesmo grupo força minha candidatura ao Senado em uma situação completamente adversa". Serys disse ainda em sua carta que "ao invés de um processo autocrítico de superação dos erros cometidos, o grupo do José Dirceu em Mato Grosso, se utilizando de sua maioria, instaura um processo para minha expulsão e a de outros companheiros". A saída da ex-senadora acontece quase dez dias depois da "debandada" de 200 petistas, coincidentemente do mesmo grupo de Slhessarenko, e um dia depois da passagem do ex-presidente Lula em Cuiabá. Quando houve a desfiliação do grupo ao qual ela pertencia, Serys declarou que não que ia deixar o partido e diversas lideranças do PT, no Estado, afirmavam que a desfiliação não ia fazer diferença e nem prejudicar na campanha do petista porque eles "não estavam desde o início" apoiando o candidato Cabral. Na mesma semana, o PT filiou mais de 500 pessoas.

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