terça-feira, 16 de outubro de 2012

Esquema de Cachoeira movimentou R$ 84 milhões em 10 anos, diz CPI


Balanço preliminar feito pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), aponta movimentação financeira de R$ 84 bilhões, nos últimos dez anos, entre créditos e débitos de envolvidos na organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos. Esse volume de recursos foi detectado nas quebras de sigilo fiscal e bancário de 75 pessoas físicas e jurídicas. Acordo fechado nesta terça entre governo e oposição estabeleceu a prorrogação dos trabalhos da CPI. O valor apurado é muito pouco, é quase nada. Prevista para terminar dia 4 de novembro, a CPI deverá funcionar até 22 de dezembro, quando começa o recesso do Congresso. A CPI está paralisada há mais de um mês e só voltará a funcionar depois do segundo turno das eleições municipais, no dia 28 de outubro. A idéia é fazer uma reunião administrativa no dia 31 de outubro para definir os próximos passos da Comissão. A tendência é que a CPI use o tempo extra apenas para votar o relatório final, sem fazer novas investigações ou quebras de sigilo. A estratégia dos governistas e de parte da oposição é prorrogar a CPI, mas sem a aprovação de novas quebras de sigilo bancário e fiscal de empresas que receberam ou enviaram recursos para Delta Construções. Ao todo, 29 empresas teriam feito movimentações vultosas com a empreiteira. Mas, dessas, 17 não tiveram seus sigilos abertos pela CPI. Essas quebras poderiam apontar uma nova ramificação do esquema de Cachoeira para São Paulo e o Rio de Janeiro. As investigações até agora se limitaram a Goiás.

Nenhum comentário: