segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dilma não tirou nem 500.000 da miséria. São 16,2 milhões de miseráveis, conforme o IBGE

Dilma, em 2011, reconhece que são 16 milhões em extrema pobreza. Agora já dizem que são apenas 8 milhões. Até agora, só 500.000 foram atendidas. Ouçam o que ela prometeu, há um ano atrás, quando lançou o Brasil Sem Miséria. O número de miseráveis no Brasil caiu 5,5%, de 2009 a 2011, período que cobre o fim do governo Lula e os primeiros meses do mandato da presidente Dilma Rousseff. Em setembro de 2011, havia no País cerca de 8 milhões de pessoas na extrema pobreza, conforme estimativa preliminar informada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Os dados foram calculados com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011), do IBGE. É a primeira pesquisa que vem a público sobre a redução da miséria durante o governo Dilma, que assumiu o cargo com a promessa de erradicar a pobreza extrema até o fim de 2014. Como utiliza dados de setembro de 2011, a estimativa ainda não capta efeitos do "Brasil sem Miséria" e do "Brasil Carinhoso", programas lançados pela presidente. Mas especialistas acreditam que Dilma corre o risco de terminar o mandato sem cumprir sua principal promessa de acabar com a pobreza extrema. De acordo com o ministério, o número de miseráveis caiu de 8.520.271, em 2009, para 8.054.775, em 2011, uma diminuição de 465 mil pessoas no universo de extremamente pobres, conforme a Pnad. O governo considera miserável quem tem renda mensal familiar de até R$ 70,00 por pessoa. Em números absolutos, mantido esse ritmo, seriam necessários oito anos para fazer cair pela metade o total de extremamente pobres no Brasil. Assim, para conseguir uma queda de 50% em três anos, até 2014, o governo precisaria quase triplicar a velocidade verificada no biênio 2009-2011. O orçamento do Bolsa Família é de R$ 20 bilhões, em 2012, o equivalente a 0,45% do PIB. O programa atende a 13,7 milhões de famílias ou cerca de 55 milhões de pessoas.

Nenhum comentário: