quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Romney transforma ataques na Líbia em questão eleitoral

O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, reagiu imediatamente aos assassinatos de quatro diplomatas americanos na Líbia e transformou isso em uma questão eleitoral. Nesta quarta-feira, sua campanha apressou-se a organizar sua declaração à imprensa antes de seu rival, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestar-se publicamente na Casa Branca. Romney aproveitou o caso para criticar os "cálculos errados" da política externa do pusilânime Barack Obama e salientar seu estilo aos eleitores. "A liderança americana é importante. Os Estados Unidos não devem deixar de usar sua influência na região. Têm de assegurar que a Primavera Árabe não seja posta em perigo e se torne um Inverno Árabe", afirmou ele. Romney atacou especialmente um comunicado, emitido na noite de terça-feira, pela embaixada americana no Cairo, no qual condenou o filme que teria originado os protestos e a violência registrados durante o dia. Um grupo de muçulmanos havia escalado os muros da embaixada, arriado, rasgado e queimado a bandeira americana. Embora o governo americano tenha desautorizado o comunicado, o candidato republicano valeu-se dele para atacar Obama. "Os Estados Unidos estão dando mensagens misturadas ao mundo", criticou Romney, em campanha em Jacksonville, no Estado americano da Flórida. "O presidente e eu temos posições diferentes sobre Israel, Irã, Afeganistão e Síria. Obama demonstrou falta de clareza em política externa. Um pedido de desculpa pelos valores da América não é o caminho correto".

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