sábado, 1 de setembro de 2012

PIB fraco faz Brasil perder posto de sexta economia do mundo

O fraco resultado da economia brasileira no segundo trimestre sepultou a permanência do Brasil como sexta maior economia do mundo, posto que havia sido atingido no início do ano com o anúncio dos resultados econômicos de 2011, desbancando o Reino Unido. Ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostre um estranho otimismo em relação aos próximos trimestres, o resultado atual (alta de 0,5% no PIB no primeiro semestre) coloca o País de volta à sétima posição, atrás de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos. Segundo dados da Economist Intelligece Unit (EIU), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos últimos doze meses soma 2,391 trilhões de dólares, ante 2,415 trilhões de dólares da Grã-Bretanha. No ano passado, a economia brasileira produziu riquezas que totalizaram 2,48 trilhões de dólares, enquanto o país europeu somou 2,26 trilhões de dólares. Segundo o analista Robert Wood, da EIU, além da desaceleração econômica, a desvalorização do real foi crucial para a queda no ranking. “Desde março o real enfrenta expressiva queda ante o dólar e isso afetou parcialmente o PIB brasileiro na comparação mundial”, afirma Wood. Em março de 2012, a moeda americana era cotada a 1,71 real, enquanto, no final de junho, estava em 2,03 reais. “O desempenho da economia britânica é muito fraco, mas a libra tem se mantido estável em relação ao dólar”, acrescenta o economista. Em abril deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia alertado, em seu relatório trimestral, que o Brasil perderia o posto de sexta economia devido ao enfraquecimento do real. O FMI prevê que a economia brasileira encerrá o ano com um PIB de 2,449 trilhões de dólares, enquanto o da Grã-Bretanha chegará a 2,452 trilhões de dólares. O resultado frustrante mostrou-se iminente, mesmo após as inúmeras medidas de estímulo anunciadas pelo Palácio do Planalto: desde o aumento do protecionismo para estimular a indústria nacional até a pressão do governo para o corte de juros e expansão do crédito por parte dos bancos públicos e privados. Por último, a presidente Dilma decidiu apelar para o que realmente impulsiona o crescimento sustentável do País: os investimentos em infraestrutura por meio de um agressivo plano de privatizações: o PAC das Concessões. Contudo, o anúncio veio tarde demais para salvar o PIB de 2012. http://poncheverde.blogspot.com.br/

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