terça-feira, 4 de setembro de 2012

Palocci se esconde e não participa de campanha eleitoral em seu reduto eleitoral

Recluso desde que foi exonerado do comando da Casa Civil, em 7 junho do ano passado, o ex-ministro Antonio Palocci não participará do processo eleitoral de 2012 e, dificilmente, ao menos no curto prazo, voltará para a política. É a primeira vez, em 24 anos, desde que foi eleito vereador, em Ribeirão Preto, em 1988, que Palocci não pedirá votos para ele ou para qualquer candidato do PT. "Ser demitido duas vezes, como ele foi, é muito para uma liderança política como o Palocci, que doou parte de sua vida para o partido", disse uma liderança petista. A primeira exoneração de Palocci, ministro da Fazenda do ex-presidente Lula, em março de 2006, ocorreu pela suspeita de envolvimento do ex-ministro na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Nildo, como é chamado, era caseiro da mansão em Brasília onde Palocci se reunia com membros da chamada "República de Ribeirão Preto", que lá também faziam suas festinhas de embalo, com prostitutas fornecidas pela cafetina Mary Jeanne Corner. Na segunda exoneração, quando ocupava a chefia da Casa Civil, no início do governo da presidente Dilma Rousseff, Palocci foi acusado de não declarar ganhos com sua consultoria, a Projeto. Em vez de voltar à política (na última eleição que disputou, em 2006, se elegeu deputado federal mais votado pelo PT em São Paulo, com 152.246 votos), Palocci optou justamente por continuar com as consultorias empresariais. Em Ribeirão Preto (SP), cidade que governou por duas vezes, o ex-ministro será representado na campanha do candidato do PT à prefeitura, o juiz aposentado João Gandini, por sua mãe, Antonia Palocci, a Dona Toninha.

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