terça-feira, 25 de setembro de 2012

Haddad abre ofensiva direta contra Russomanno

Sob risco de ficar de fora do segundo turno, o petista Fernando Haddad partiu para o confronto com Celso Russomanno (PRB) no debate de domingo da TV Gazeta, em São Paulo, enquanto José Serra (PSDB) evitou atacar o líder da corrida para a prefeitura da capital paulista. Em sua primeira participação no debate, quando poderia escolher qualquer dos candidatos para responder a suas perguntas, Serra se dirigiu a Paulinho da Força Sindical, candidato do PDT, que teve 1% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha. No debate da semana passada, promovido pelo Estado, pela TV Cultura e pelo YouTube, ele também perguntou ao pedetista. Já Haddad citou Russomanno na primeira oportunidade que teve, ao responder a questões de Carlos Giannazi (PSOL). "Uma pessoa que diz defender os cidadãos deveria, no mínimo, apresentar um programa de governo", disse: "Ninguém sabe quantos hospitais e clínicas ele vai fazer, quantos corredores de ônibus. Quando cobro, estou defendendo a minha cidade". Haddad escolheu por duas vezes Russomanno como alvo de suas perguntas, no segundo e no terceiro blocos. Na primeira oportunidade, se dirigiu ao adversário para questionar sua proposta de criar uma tarifa proporcional de ônibus, segundo a qual quem andar em trajeto menor, pagará menos. Segundo o petista, a cobrança de tarifa idealizada pelo candidato do PRB privilegiaria os moradores mais ricos da cidade, os que moram nas regiões mais próximas do centro. Haddad disse ainda que a proposta significaria o fim do Bilhete Único, criado na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). Russomanno afirmou que nem todos os que andam em trajetos curtos são pobres. Explicou que ampliará os subsídios ao sistema para que ninguém pague mais do que a atual tarifa de R$ 3,00. Por fim, disse que o controle do trajeto percorrido seria eletrônico. Os passageiros colocariam "o dedo" em um sensor ao entrar e ao sair do ônibus. Ele não explicou como implantaria o sistema. Haddad também atacou a proposta de Russomanno de ampliar o contingente da Guarda Civil Metropolitana de 6 mil para 20 mil homens, o que, segundo a prefeitura, teria um custo de R$ 1 bilhão. "Qual é o seu número?", questionou Haddad.

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