quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Delfim Netto é eleito Professor Emérito 2012

O economista Antônio Delfim Netto receberá o título Professor Emérito – Troféu Guerreiro da Educação 2012. O prêmio, uma parceria entre o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o jornal O Estado, é concedido anualmente a personalidades que prestaram serviços relevantes à educação no Brasil. De acordo com Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE, a comissão julgadora do prêmio, formada por membros da diretoria do Estado e por conselheiros do CIEE, elegeu por unanimidade o economista. "Delfim foi reconhecido por sua dedicação como professor de Economia e, principalmente, pelo importatante papel que teve na difusão de modernas teorias econômicas", diz. Formado em economia pela USP em 1951, o paulistano do bairro do Cambuci começou a exercer, já no ano seguinte ao de sua graduação, a função de docente como assistente na disciplina "Estatística econômica e econometria". Em 1963, tornou-se o primeiro ex-aluno da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP) a ocupar a posição de professor catedrático na universidade. Na vida pública, Delfim Neto também teve uma atuação destacada. Foi secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, em 1966, e ministro da Fazenda, entre 1967 e 1974, nos governos de Costa e Silva e Ernesto Geisel. O economista ficou conhecido como um dos responsáveis pelo “milagre econômico”, período de grande crescimento do País. Ele foi ainda ministro da Agricultura e do Planejamento no governo de João Batista Figueiredo e também eleito para quatro mandatos como deputado federal por São Paulo. Mas, tem uma nódoa inapagável em sua vida: ele foi um dos signatários do paravoroso AI-5, que jogou o Brasil na mais negra ditadura militar. E todo mundo parece querer se esquecer disso.

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